Introspecção,
amizade, descobertas, paixão, insegurança, medo, vontade, erros, perdão, sonhos, cumplicidade. Encontrar tais elementos em um livro com
personagens principais adolescentes é bem comum. “As vantagens
de ser invisível” é, neste sentido, um clichê. Um clichê que soube explorar
muito bem as vantagens desta
característica.
É
nesse tipo de enredo – quando bem contado – que facilmente nos identificamos,
relembramos, sorrimos, ficamos melancólicos, nostálgicos e sorrimos de novo. Nele encontramos aquela
frase que se encaixa ou se encaixou perfeitamente em algum momento das nossas
vidas. Normalmente algo que é universal, mas faz a gente se sentir único. E, eventualmente, infinito.
Seguem alguns trechinhos:
“Sam e Patrick olharam para mim. E eu olhei para eles. E acho que eles
sabiam. Não alguma coisa específica. Apenas sabiam. E eu acho que é tudo o que
você pode pedir de um amigo.”
“A gente aceita o amor que acha que merece.”
“Havia aquela parte em que um personagem, que é um arquiteto, está
sentado em um barco com seu melhor amigo, que é magnata da imprensa, e o
magnata da imprensa diz que o arquiteto é um homem muito frio. O arquiteto
replica que, se o barco estivesse afundando, e só houvesse espaço para uma
pessoa no bote salva-vidas, ele desistiria de sua vida com prazer em favor do
magnata. E depois ele diz algo como... ‘Eu morreria por você. Mas não viveria
por você.’”
“― Charlie, você não percebe? Não posso sentir isso. É doce e tudo, mas
é como se você não estivesse presente às vezes. É ótimo que você ouça e seja um
ombro amigo para alguém, mas há momentos em que a gente não precisa de um
ombro. E se precisarmos de um braço, ou coisa parecida? Você não pode se
limitar a se sentar lá, colocar a vida de todos à frente da sua e pensar que o
que importa é o amor. Não pode fazer isso. Você tem que fazer coisas.
― Como o quê? ― perguntei. Minha boca estava seca.
― Não sei. Como pegar as mãos de alguém quando toca uma música lenta. Ou
convidar alguém para sair. Ou dizer às pessoas o que você precisa.”
(As vantagens de ser invisível, de Stephen Chbosky)
Por fim, eis uma das muitas músicas citadas no livro: Landslide (Fleetwood Mac). É uma das minhas favoritas.
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