17 de jan. de 2013

Sobre o livro “As vantagens de ser invisível”


Introspecção, amizade, descobertas, paixão, insegurança, medo, vontade, erros, perdão, sonhos, cumplicidade. Encontrar tais elementos em um livro com personagens principais adolescentes é bem comum. “As vantagens de ser invisível” é, neste sentido, um clichê. Um clichê que soube explorar muito bem as vantagens desta característica.

É nesse tipo de enredo – quando bem contado – que facilmente nos identificamos, relembramos, sorrimos, ficamos melancólicos, nostálgicos e sorrimos de novo. Nele encontramos aquela frase que se encaixa ou se encaixou perfeitamente em algum momento das nossas vidas. Normalmente algo que é universal, mas faz a gente se sentir único. E, eventualmente, infinito.
           

Seguem alguns trechinhos:

“Sam e Patrick olharam para mim. E eu olhei para eles. E acho que eles sabiam. Não alguma coisa específica. Apenas sabiam. E eu acho que é tudo o que você pode pedir de um amigo.”

“A gente aceita o amor que acha que merece.”

“Havia aquela parte em que um personagem, que é um arquiteto, está sentado em um barco com seu melhor amigo, que é magnata da imprensa, e o magnata da imprensa diz que o arquiteto é um homem muito frio. O arquiteto replica que, se o barco estivesse afundando, e só houvesse espaço para uma pessoa no bote salva-vidas, ele desistiria de sua vida com prazer em favor do magnata. E depois ele diz algo como... ‘Eu morreria por você. Mas não viveria por você.’”

“― Charlie, você não percebe? Não posso sentir isso. É doce e tudo, mas é como se você não estivesse presente às vezes. É ótimo que você ouça e seja um ombro amigo para alguém, mas há momentos em que a gente não precisa de um ombro. E se precisarmos de um braço, ou coisa parecida? Você não pode se limitar a se sentar lá, colocar a vida de todos à frente da sua e pensar que o que importa é o amor. Não pode fazer isso. Você tem que fazer coisas.
― Como o quê? ― perguntei. Minha boca estava seca.
― Não sei. Como pegar as mãos de alguém quando toca uma música lenta. Ou convidar alguém para sair. Ou dizer às pessoas o que você precisa.”

(As vantagens de ser invisível, de Stephen Chbosky)




Por fim, eis uma das muitas músicas citadas no livro: Landslide (Fleetwood Mac). É uma das minhas favoritas.



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