29 de mai. de 2013

Sobre o livro “Rework”

Poucos livros que tratam de negócios e gestão de maneira declaradamente descomplicada me convencem. Soam, em maioria, como uma autoajuda empresarial, do tipo que passo longe já há algum tempo. Eis que o namorado sugere a leitura de “Rework”, alegando ser um livro diferente. Não é que é mesmo?

O livro traz diversos capítulos (pequenos e diretos) com conselhos sobre como iniciar e manter um negócio no cenário mundial, buscando combater premissas comuns no campo da Administração sobre a obtenção do sucesso no mundo corporativo. Baseia-se na experiência dos seus autores, Jason Fried e David H. Hansson.

Ideal tanto para o pequeno empreendedor quanto para aquele que simplesmente deseja conhecer uma visão diferente sobre como gerenciar um negócio. Para quem tiver aprendendo inglês ou já dominar bem o idioma, recomendo a leitura do original em inglês, é bem simples.

Naturalmente, não pretendo esgotar os assuntos tratados no livro, mas selecionei algumas ideias expostas nele que de alguma forma mudaram minha maneira de pensar ou reafirmaram posturas nas quais acredito. Seguem essas pontuações mescladas em meus comentários:

A maneira mais fácil e estratégica de criar um grande produto ou serviço é fazer algo que você mesmo queira usar.

Quebre "a grande coisa" em pequenas coisas. Quanto menores elas são, mais facilmente administráveis elas se tornam. O mesmo serve para listas de tarefas. Se você tem uma lista com 100 tarefas, essa lista nunca será completada. Quebre-a, por exemplo, em 10 listas de 10 tarefas (essa está sendo bem útil para mim, por sinal).

Trabalhar mais não significa se importar mais ou obter mais resultado. Só significa trabalhar mais. Busque a qualidade e não a quantidade dos seus colaboradores. Outra: não os restrinja ou os deixe dependentes de ordens e permissões para simples ações no cotidiano. Promova uma cultura de confiança e liberdade. Aliás, pessoas precisam de um momento de descontração.

O momento certo nunca chegará. Você estará sempre muito jovem ou velho, ou ocupado ou quebrado, para fazer alguma coisa diferente.

Pessoas e situações mudam. Você não pode ser tudo para todos. Empresas precisam ser reais para um tipo de cliente muito mais do que para um específico cliente com mudanças de necessidades.

Construa uma audiência para o seu negócio. Fale, escreva, use blog, twitter... O que seja. Compartilhe informação relevante e faça, gradativamente, as pessoas se interessarem no que você tem a dizer.

Currículos não devem ser critérios decisivos na contratação. Não é difícil construir um bom currículo, sobretudo quando as informações que ali constam quase nunca são passíveis de conferência. Prefira cartas de apresentação. São personalizadas e mostram como a pessoa expressa seus pensamentos sobre a organização e seu possível papel na mesma. Por sinal, contrate bons escritores. Eles conseguem explicitar seus pensamentos com mais facilidade.

Exigir experiência de X anos em X área é um critério vago. Isso diz um número, o que não carrega, por si só, nenhum significado.

Dê você mesmo as más notícias na sua empresa, em tempo hábil. Evite que elas se espalhem por meios informais e estejam sujeitas a todo tipo de distorção. Seja franco com seus colaboradores. Além disso, não tenha medo de pedir perdão, de maneira clara, quando você realmente tiver cometido um erro.

Concordam? Discordam? 
Para mais: leiam o livro ou se joguem no mercado em busca de experiência e aprendizado. De preferência, façam os dois!

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